sábado, 12 de novembro de 2011

História do Pensamento Político


Trabalharemos o texto de Marcos Antônio Lopes " A História do pensamento político dos grandes doutrinadores à história social das idéias " que nos mostra a evolução da disciplina no decorrer dos anos.

[...]" tinha por função servir como guia introdutório à contextualização dos grandes autores do passaso[...]''(p.113)

A disciplina já chegou a ser considerada a prima pobre da filosofia. Porém nem sempre o desinteresse pela mesma foi generalizado. Até mesmo no poríodo dos Annales podemos encontrar as idéias políticas sendo trabalhadas e desenvolvidas, principalmente na terceira geração da "escola" francesa.
O estudo desta cadeira foi mais amplamente estudado nas universidades a partir da década de 1930, entretanto, desde os anos vinte a história do pensamento político havia rompido fronteiras transcontinentais. Nos EUA sua contribuição foi a formação cívica do indivíduo.

[...]" Pode-se ressaltar que um dos principais propósitos de quase todos os professores ingleses era fornecer elementos que contribuíssem para a formação de uma consciência cívica" [...](p.116)

O estudo dessas disciplinas políticas era mais direcionado às elites sociais e baseava-se nas idéias dos grandes pensadores, o que realmente não retratava uma realidade pura, mas o pensamento de um grupo apenas. É exatamente por isso que os Annales "repudiavam" o estudo da política. A tradição marxista também não simpatizava com a disciplina e priorizava o estudo da história econômica.

" A história das mentalidades procura abordar os sentimentos difusos, das coletividades, e a história do pensamento político se interessava pelas expressões do pensamento formal, sistematizado de maneira coerente por cabeças bem pensantes, por mentes privilegiadas"[...](p.118)

O grande problema é acreditar que somente esses pensadores poderiam descrever ou serem abreviadores da realidade. Ora, como qualquer um outro, eles estavam inseridos num meio social e cultural, eram filhos de seu tempo, logo não estavam isentos da subjetividade. E o que as massas pensavam? O pensamento de uma elite pode ser considerado válido como forma de pensar de todo um grupo? -Não!

Portanto, nós historiadores, devemos estudar não somente suas obras, mas seu tempo e sistemas nos quais se integravam.

Concluímos, assim, que a evolução desta disciplina, permite-nos perceber a própria evolução do que é fazer história. O conhecimento nunca está pronto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário