domingo, 6 de maio de 2012

O Renascimento Cultural


Palavras chaves : idade moderna, renascimento, iluministas
Objetivos:
1- Discutir os argumentos utilizados pelos pensadores iluministas para justificar a idade moderna enquanto período ápice da razão, em detrimento do medievo, anunciado a partir da idéia de trevas ;
2- Compreender como o Renascimento Cultural propôs a Experiência como único caminho para se chegar a verdade e a razão como também  o sentido de dignidade humana enquanto experiência secular e não mais religiosa.
 No texto " Humanismo e Pintura" de José Américo Motta Pessamba debate-se as razões da simplificação dos períodos históricos Renascimento e idade média. Não é sem intenção que um iluminista do séc. XVIII denomina o período medieval como trevoso.  Ao fazer isso ele  não só está negando as crenças, costumes e hábitos  desse período, mas está acima de tudo afirmando e legitimando um novo período, o moderno.
Iluministas liberais lutavam contra os poderes clericais, sua hegemonia, sua ordem, logo, formularam um novo paradigma social, que se opunha a tudo relacionado a Igreja. Entendemos que este novo modelo explicativo era na verdade uma arma ideológica e política, por isso mesmo reduziu a idade média como um período tenebroso ou idade das trevas. Por outro lado, os românticos idealizaram o medievo e se opuseram as idéias renascentistas. O Historiador prudente enxerga as riquezas de ambos os períodos, vê o lugar comum e as suas contradições, as continuidades e descontinuidades do tempo histórico.
[...]" O que de fundamental o Renascimento acrescenta a essa tradição matematizante é a valorização da experiência, num sentido já de experimentação: experiência controlada e instrumentalizada, não corriqueira, do bom senso desarmado e freqüentemente preconceituoso"[...] (p 28)
Através do rigor metódico e científico muitas "verdades" pregadas pela Igreja foram questionadas. Por exemplo, dizer que a terra era o centro do universo (geocentrismo) já não era mais unanimidade no sec. XVI . Galileu Galilei através de suas invenções chegou a tais conclusões.  O Pensamento religioso agora divergia do pensamento secular. Tomaz de Aquino defendia que a natureza e a sociedade eram estáticos porque Deus os criara dessa forma. Entretanto os intelectuais estavam convencidos de que ambos eram dinâmicos.
Um dos nomes mais conhecidos desse período é sem sombra de dúvidas o de Da Vinci. Pintor, escritor, inventor e intelectual faminto por comprovações científicas, procurou demonstrar através de experiências a verdade real das coisas. Tais intelectuais suscitaram um sentimento de dignidade na sociedade, que outrora via-se presa aos dogmas da Igreja e agora via-se capaz de por conta própria experimentar uma outra forma de vida. O mundo deixara de ser o palco do pecado e passara a ser campo de pesquisa. O homem tornou-se a medida e o objeto de estudo. Sentia-se não mais um miserável pecador, mas um criador e descobridor de coisas. Através de seu trabalho, de sua pesquisa o homem encontrou real significado para sua trajetória num mundo que com certeza rompia com o passado e adentrava numa nova era.
Bibliografia :
NOVAES, Adauto (org.) .Arte pensamento. São Paulo: Cia das letras, 199!

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