Palavras chaves : idade moderna, renascimento,
iluministas
Objetivos:
1- Discutir os argumentos utilizados pelos
pensadores iluministas para justificar a idade moderna enquanto período ápice
da razão, em detrimento do medievo, anunciado a partir da idéia de trevas ;
2- Compreender como o Renascimento Cultural
propôs a Experiência como único caminho para se chegar a verdade e a razão como
também o sentido de dignidade humana
enquanto experiência secular e não mais religiosa.
No
texto " Humanismo e Pintura" de José Américo Motta Pessamba debate-se
as razões da simplificação dos períodos históricos Renascimento e idade média.
Não é sem intenção que um iluminista do séc. XVIII denomina o período medieval
como trevoso. Ao fazer isso ele não só está negando as crenças, costumes e
hábitos desse período, mas está acima de
tudo afirmando e legitimando um novo período, o moderno.
Iluministas liberais lutavam contra os poderes
clericais, sua hegemonia, sua ordem, logo, formularam um novo paradigma social,
que se opunha a tudo relacionado a Igreja. Entendemos que este novo modelo
explicativo era na verdade uma arma ideológica e política, por isso mesmo
reduziu a idade média como um período tenebroso ou idade das trevas. Por outro
lado, os românticos idealizaram o medievo e se opuseram as idéias
renascentistas. O Historiador prudente enxerga as riquezas de ambos os
períodos, vê o lugar comum e as suas contradições, as continuidades e
descontinuidades do tempo histórico.
[...]" O que de fundamental o
Renascimento acrescenta a essa tradição matematizante é a valorização da experiência,
num sentido já de experimentação: experiência controlada e instrumentalizada,
não corriqueira, do bom senso desarmado e freqüentemente
preconceituoso"[...] (p 28)
Através do rigor metódico e científico muitas
"verdades" pregadas pela Igreja foram questionadas. Por exemplo,
dizer que a terra era o centro do universo (geocentrismo) já não era mais
unanimidade no sec. XVI . Galileu Galilei através de suas invenções chegou a
tais conclusões. O Pensamento religioso
agora divergia do pensamento secular. Tomaz de Aquino defendia que a natureza e
a sociedade eram estáticos porque Deus os criara dessa forma. Entretanto os
intelectuais estavam convencidos de que ambos eram dinâmicos.
Um dos nomes mais conhecidos desse período é
sem sombra de dúvidas o de Da Vinci. Pintor, escritor, inventor e intelectual
faminto por comprovações científicas, procurou demonstrar através de
experiências a verdade real das coisas. Tais intelectuais suscitaram um
sentimento de dignidade na sociedade, que outrora via-se presa aos dogmas da
Igreja e agora via-se capaz de por conta própria experimentar uma outra forma
de vida. O mundo deixara de ser o palco do pecado e passara a ser campo de
pesquisa. O homem tornou-se a medida e o objeto de estudo. Sentia-se não mais
um miserável pecador, mas um criador e descobridor de coisas. Através de seu
trabalho, de sua pesquisa o homem encontrou real significado para sua
trajetória num mundo que com certeza rompia com o passado e adentrava numa nova
era.
Bibliografia :
NOVAES, Adauto (org.) .Arte
pensamento. São Paulo: Cia das letras, 199!
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