Seus primeiros capítulos são apenas apresentações do que
seria sua obra. O Primeiro capítulo por exemplo, é uma descrição geográfica do
Brasil e de seus moradores: os índios. Vale ressaltar que o autor apresenta
tanto o Europeu como o Africano como elementos exóticos. Este é o tema de seu
Segundo capítulo. Podemos dizer que o início de sua obra assemelha-se muito ao
modelo de Vanhagen no que se refere as descrições. Entretanto, diferente de
Vanhagen, que se identificava com os brancos, Capistrano se põe no lugar do
indígena, ou seja, na praia olhando para as caravelas no mar. Ele se coloca
como brasileiro analisando a colonização.
O Historiador brasileiro localiza Portugal em seu contexto
histórico, disserta sobre sua Hierarquia social e como já foi dito, apresenta o
português como o primeiro elemento exótico, isto é , um invasor. O Segundo
elemento “estranho” nas terras indígenas é o negro. Sobre este muito pouco é
falado, seu assunto logo se esgota. Capistrano se interessava mesmo pela
relação entre o branco e o nativo, bem como pelo Mameluco sertanejo.
No terceiro capítulo de sua obra, o autor questiona : Por
que os portugueses vieram para o Brasil? Ele mesmo responde : Por motivos
geográficos, religiosos, militares e comerciais. Para compreender as expectativas
européias, Capistrano muitas vezes se coloca no lugar do Português. Neste
capítulo vemos os vários nomes dados a terra descoberta: “Terra dos Papagaios,
Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz”. Aborda a exploração do Pau brasil e a
questão da misciginação. O Escritor ao analisar as diferenças etnicas
perguntava-se cmo seria possível sair de
tudo isso uma nação. Segundo ele foi apenas no séc. XVII que surgiu uma
possível união brasileira. Mas é somente em 1654 que de fato o brasileiro passa
a existir. A vitória contra os Holandeses despertou um novo sentimento naqueles
que aqui moravam.
Podemos classificar a Obra de Capistrano da seguinte
maneira:
1-
Descobrimento do Brasil na perspectiva de
Vanhagen;
2-
O Surgimento de um novo povo ( Brasileiro ou
mesmo o sertanejo)
O
autor analisa a interiorização do território pelos bandeirantes e parece não
simpatizar com o fato. Pois sempre defendeu o nativo. Era contrário sua
exploração e extermínio. Sobre a interioização ele aponta alguns pólos principais : São Vcente , Piratininga e
Maranhão; A agropecuária e as Minas.
O
autor diz que a partir do séc.XVIII a consciência patriótica se aprofundou, ou
seja, os brasileiros não mais se sentiam enferiores aos metropolitanos. Daí
passam a existir conflitos entre brasileiros e portugueses. Entetanto havia
muito cetiscismo em relação ao futuro do Brasil que aspirava independência, mas
a sociedade não tinha consciência política. Os brasileiros sentiam-se incapazes
de assumir o país plenamente. Ao mesmo
tempo que o autor elogia a luta, ele se decepciona com a não concretização da
independência. Os brasileiros aceitaram a independência via portugueses.
Sua
Obra fez o seu nome ser o elo entre as gerações do século XIX e o IHGB e o
século XX e as universidades. Seu método inovador de duvidar do passado foi
estremamente importante para a historiografia brasileira. Capistrano olhava
para o passando com criticidade, queria reiventar a história contada por
Vanhagen. Queria olhar sua própria história como brasileiro sertanejo. Foi ao
mesmo tempo um grande admirador e crítico de seu antecessor. Capistrano é sem
sombra de dúvida uma leitura obrigatória para todo aquele que deseja
conhcer mais a a história do Brasil.
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